Pautas LGBTQIA+ ganham reforço na política da CUT com nova secretaria especial

Criada no 14º Congresso Nacional da CUT, a secretaria voltada à população LGBTQIA+ terá a missão de reforçar a luta por visibilidade, respeito e direitos. Professor Walmir Siqueira é o novo secretário

Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 27/10/2023 - 15:51 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 27/10/2023 - 15:51

Reprodução CUT

As lutas da Central Única dos Trabalhadores em defesa da população LGBTQIA+ agora terão um novo instrumento de organização. Foi criada, juntamente com outras três pastas, a Secretaria Nacional LGBTQIA+ da CUT, como deliberação do 14º Congresso Nacional da Central (CONCUT), encerrado no dia 22 de outubro. A partir de agora, a representatividade da comunidade LGBTQIA+ no mundo do trabalho se torna política definitiva da Central.

Escolhido para ‘tocar’ a pasta, o professor Walmir Siqueira, também coordenador do Coletivo LGBTQIA+ da CUT, explica que com a criação da secretaria nacional, cada estadual da CUT, cada sindicato, confederação e federação filiada espelharão essa estrutura e terão uma secretaria.

Para o trabalhador e a trabalhadora, na ponta, isso resultará em um maior poder de luta por visibilidade, equidade, oportunidades, fim da violência e do assédio que vitimam milhares dessas pessoas todos os dias no ambiente de trabalho e principalmente por respeito.

Uma pesquisa realizada pelo Ensino Social Profissionalizante (ESPRO), entre agosto e setembro de 2023, apontou que 52% dos trabalhadores que se declararam LGBTQIA+ já foram excluídos de grupos sociais; 45% acreditam já terem sido desclassificados de processos seletivos por conta da orientação sexual; e 40% afirmam que já sofreram violência verbal, física ou psicológica no ambiente de trabalho.

Walmir reforça que a luta por melhores condições e respeito à comunidade, tal qual acontece com outras populações minorizadas como a negra e as mulheres, é papel do movimento sindical, e com a criação da secretaria as pautas ganham mais força em negociações coletivas, acordos e convenções, além de articulações por políticas públicas, acolhimento e orientação nos sindicatos, entre outras ações como a organização de atos e manifestações.

Acima de tudo, ele afirma, a secretaria terá a missão de fazer com que o trabalhador não se sinta mais um “intruso” ou mesmo ter sido colocado à margem da luta sindical em suas necessidades. E essa missão, ele pontua, será realizada com ação e muito trabalho à frente da secretaria.

O trabalhador saberá onde encontrar ajuda, orientação e que tem uma entidade com o peso da CUT defendendo seus direitos

- Walmir Siqueira


Perspectiva

Para ele a criação da secretaria “reforça a nossa luta e nos dá espaço para criarmos secretarias em todo o Brasil. Até agora tínhamos uma certa dificuldade em alguns estados para constituir o coletivo. Agora, se torna uma tarefa e a secretaria dá mais corpo nas discussões internas da CUT”.

No 14º CONCUT foram criadas quatro novas secretarias. Além da LGBTQIA+, foram criadas as de Transporte e Logística, Economia Solidária e de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas.

Título: Pautas LGBTQIA+ ganham reforço na política da CUT com nova secretaria especial, Conteúdo: As lutas da Central Única dos Trabalhadores em defesa da população LGBTQIA+ agora terão um novo instrumento de organização. Foi criada, juntamente com outras três pastas, a Secretaria Nacional LGBTQIA+ da CUT, como deliberação do 14º Congresso Nacional da Central (CONCUT), encerrado no dia 22 de outubro. A partir de agora, a representatividade da comunidade LGBTQIA+ no mundo do trabalho se torna política definitiva da Central. Escolhido para ‘tocar’ a pasta, o professor Walmir Siqueira, também coordenador do Coletivo LGBTQIA+ da CUT, explica que com a criação da secretaria nacional, cada estadual da CUT, cada sindicato, confederação e federação filiada espelharão essa estrutura e terão uma secretaria. Para o trabalhador e a trabalhadora, na ponta, isso resultará em um maior poder de luta por visibilidade, equidade, oportunidades, fim da violência e do assédio que vitimam milhares dessas pessoas todos os dias no ambiente de trabalho e principalmente por respeito. Uma pesquisa realizada pelo Ensino Social Profissionalizante (ESPRO), entre agosto e setembro de 2023, apontou que 52% dos trabalhadores que se declararam LGBTQIA+ já foram excluídos de grupos sociais; 45% acreditam já terem sido desclassificados de processos seletivos por conta da orientação sexual; e 40% afirmam que já sofreram violência verbal, física ou psicológica no ambiente de trabalho. Walmir reforça que a luta por melhores condições e respeito à comunidade, tal qual acontece com outras populações minorizadas como a negra e as mulheres, é papel do movimento sindical, e com a criação da secretaria as pautas ganham mais força em negociações coletivas, acordos e convenções, além de articulações por políticas públicas, acolhimento e orientação nos sindicatos, entre outras ações como a organização de atos e manifestações. Acima de tudo, ele afirma, a secretaria terá a missão de fazer com que o trabalhador não se sinta mais um “intruso” ou mesmo ter sido colocado à margem da luta sindical em suas necessidades. E essa missão, ele pontua, será realizada com ação e muito trabalho à frente da secretaria. O trabalhador saberá onde encontrar ajuda, orientação e que tem uma entidade com o peso da CUT defendendo seus direitos - Walmir Siqueira Perspectiva Para ele a criação da secretaria “reforça a nossa luta e nos dá espaço para criarmos secretarias em todo o Brasil. Até agora tínhamos uma certa dificuldade em alguns estados para constituir o coletivo. Agora, se torna uma tarefa e a secretaria dá mais corpo nas discussões internas da CUT”. No 14º CONCUT foram criadas quatro novas secretarias. Além da LGBTQIA+, foram criadas as de Transporte e Logística, Economia Solidária e de Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas.



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