AFL-Cio promove intercâmbio entre mulheres sindicalistas do Brasil e Quênia

Delegação brasileira participou do Congresso da entidade norte-americana

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 25/10/2017 - 10:56 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 25/10/2017 - 10:56

CNTRV Cida Trajano apresentou estatísticas do Ramo Vestuário do Brasil no Congresso da AFL-Cio

                Sindicalistas brasileiras e quenianas estão reunidas nos Estados Unidos  para debater relações de gênero, discriminação racial, juventude trabalhadora,  mercado de trabalho e sindicalismo. A atividade faz parte de um intercâmbio promovido pela AFL-Cio, uma das mais importantes entidades sindicais norte-americanas, que realiza sua convenção nacional na cidade de Saint Louis. O Congresso teve início no dia 21 e se encerra nesta quinta-feira, 25.

                No dia 20 de outubro, foi realizada a primeira atividade do intercâmbio. Após participarem do Congresso da AFL-Cio, as delegações brasileira e queniana viajam até a cidade de Atlanta para dar continuidade nos debates que seguem até o dia 31 de outubro.

                Dentre a delegação brasileira estão a presidenta da CNTRV, Cida Trajano, e a secretária de comunicação do ramo vestuário, Márcia Viana. A Secretária Adjunta da CUT sobre Combate ao  Racismo, Rosana Fernandes, e representantes das Secretarias de mulheres da Central nos estados da Bahia, Ceará e São Paulo, também participam do intercâmbio que conta ainda com representação de outras centrais sindicais brasileiras.

                Para Cida Trajano, a troca de experiências entre brasileiras, queninas e americanas auxilia na construção de uma nova estratégia para o enfrentamento da retirada de direitos no Brasil. “A AFL-Cio é uma grande aliada do ramo vestuário da CUT. No Brasil, desenvolvemos  parceria para a realização de um programa de formação e organização de mulheres sindicalistas que teve início em setembro desse ano. Esse intercâmbio fortalece a relação das entidades e proporciona um novo olhar estratégico para a luta das mulheres. É um momento único de troca de experiências sobre realidades tão diferentes em alguns aspectos, mas iguais em muitos pontos”, ressaltou.

 

Imigração e trabalho precário

                Uma das pautas centrais do encontro se refere à imigração de mulheres trabalhadoras. De acordo com relatórios internacionais, tanto o Brasil, quanto o Quênia, apresentam deficiência em estudos e estatísticas sobre mulheres que deixam o país em busca de trabalho. Por outro lado, no Brasil, há também uma preocupação sobre a empregabilidade e qualidade no trabalho das estrangeiras, muitas vindas de países vizinhos cujas condições econômicas são ainda mais deficitárias que a nossa.

                Neste sentido, Cida Trajano apresentou a preocupação do movimento sindical brasileiro sobre o afrouxamento do governo no que se refere ao combate ao trabalho escravo.  “A produção industrial do ramo vestuário já protagonizou inúmeras situações de trabalho análogo à escravidão envolvendo imigrantes. A política do governo corrupto e ilegítimo Michel Temer propcia todos os ingredientes necessários para que o país vivencie uma nova onde de escravidão”, afirmou a sindicalista que apresentou aos congressistas uma séria de informações sobre a industria vestuária do Brasil.

 

Tempo para a família

                Outro debate bastante importante promovido pela AFL-Cio durante seu Congresso se refere ao direito dos trabalhadoes e das trabalhadoras sobre a convivência familiar. “No Brasil, a Reforma Trabalhista ameaça o direito ao convívio familiar das trabalhadoras. Quanto maior for o tempo no trabalho, menor será a convivência com os familiares. A mulher será ainda mais prejudicada com a nova legislação, pois a dupla jornada e falta de compartilhamento das tarefas domésticas ainda é uma realidade na sociedade brasileira”, destacou Márcia Viana, que representa também a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT/SP.

                Assuntos referentes à discriminação racial, gênero e juventude serão aprofundados durante o intercâmbio.

Confira algumas imagens da participação das brasileiras na Convenção Nacional da AFL-Cio


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Título: AFL-Cio promove intercâmbio entre mulheres sindicalistas do Brasil e Quênia, Conteúdo:                 Sindicalistas brasileiras e quenianas estão reunidas nos Estados Unidos  para debater relações de gênero, discriminação racial, juventude trabalhadora,  mercado de trabalho e sindicalismo. A atividade faz parte de um intercâmbio promovido pela AFL-Cio, uma das mais importantes entidades sindicais norte-americanas, que realiza sua convenção nacional na cidade de Saint Louis. O Congresso teve início no dia 21 e se encerra nesta quinta-feira, 25.                 No dia 20 de outubro, foi realizada a primeira atividade do intercâmbio. Após participarem do Congresso da AFL-Cio, as delegações brasileira e queniana viajam até a cidade de Atlanta para dar continuidade nos debates que seguem até o dia 31 de outubro.                 Dentre a delegação brasileira estão a presidenta da CNTRV, Cida Trajano, e a secretária de comunicação do ramo vestuário, Márcia Viana. A Secretária Adjunta da CUT sobre Combate ao  Racismo, Rosana Fernandes, e representantes das Secretarias de mulheres da Central nos estados da Bahia, Ceará e São Paulo, também participam do intercâmbio que conta ainda com representação de outras centrais sindicais brasileiras.                 Para Cida Trajano, a troca de experiências entre brasileiras, queninas e americanas auxilia na construção de uma nova estratégia para o enfrentamento da retirada de direitos no Brasil. “A AFL-Cio é uma grande aliada do ramo vestuário da CUT. No Brasil, desenvolvemos  parceria para a realização de um programa de formação e organização de mulheres sindicalistas que teve início em setembro desse ano. Esse intercâmbio fortalece a relação das entidades e proporciona um novo olhar estratégico para a luta das mulheres. É um momento único de troca de experiências sobre realidades tão diferentes em alguns aspectos, mas iguais em muitos pontos”, ressaltou.   Imigração e trabalho precário                 Uma das pautas centrais do encontro se refere à imigração de mulheres trabalhadoras. De acordo com relatórios internacionais, tanto o Brasil, quanto o Quênia, apresentam deficiência em estudos e estatísticas sobre mulheres que deixam o país em busca de trabalho. Por outro lado, no Brasil, há também uma preocupação sobre a empregabilidade e qualidade no trabalho das estrangeiras, muitas vindas de países vizinhos cujas condições econômicas são ainda mais deficitárias que a nossa.                 Neste sentido, Cida Trajano apresentou a preocupação do movimento sindical brasileiro sobre o afrouxamento do governo no que se refere ao combate ao trabalho escravo.  “A produção industrial do ramo vestuário já protagonizou inúmeras situações de trabalho análogo à escravidão envolvendo imigrantes. A política do governo corrupto e ilegítimo Michel Temer propcia todos os ingredientes necessários para que o país vivencie uma nova onde de escravidão”, afirmou a sindicalista que apresentou aos congressistas uma séria de informações sobre a industria vestuária do Brasil.   Tempo para a família                 Outro debate bastante importante promovido pela AFL-Cio durante seu Congresso se refere ao direito dos trabalhadoes e das trabalhadoras sobre a convivência familiar. “No Brasil, a Reforma Trabalhista ameaça o direito ao convívio familiar das trabalhadoras. Quanto maior for o tempo no trabalho, menor será a convivência com os familiares. A mulher será ainda mais prejudicada com a nova legislação, pois a dupla jornada e falta de compartilhamento das tarefas domésticas ainda é uma realidade na sociedade brasileira”, destacou Márcia Viana, que representa também a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT/SP.                 Assuntos referentes à discriminação racial, gênero e juventude serão aprofundados durante o intercâmbio. Confira algumas imagens da participação das brasileiras na Convenção Nacional da AFL-Cio ,



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