Sapiranga: Reforma de Bolsonaro não serve ao Brasil, aponta desembargador do TRT-4

Vice-presidente da CNTRV, João Batista Xavier, participou de evento que explicou a reforma da Previdência para a população

Escrito por: Bruna Chilanti • Publicado em: 26/02/2019 - 18:48 • Última modificação: 26/02/2019 - 18:59 Escrito por: Bruna Chilanti Publicado em: 26/02/2019 - 18:48 Última modificação: 26/02/2019 - 18:59

Bruna Chilanti

O tema que mais preocupa os brasileiros na atualidade, a reforma da Previdência, foi majestosamente tratado na noite desta segunda-feira (25), através do painel realizado pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4), Marcelo José Ferlin D’Ambroso, que lotou a Câmara de Vereadores de Sapiranga. A palestra “Impactos da Reforma da Previdência nos Direitos da População Brasileira” esclareceu as dúvidas da população sobre a retirada de direitos proposta pelo governo Bolsonaro.

O magistrado trouxe dados históricos, nacionais e internacionais, que comprovam os motivos pelos quais a proposta de reforma é impopular e ansiada somente pelos grandes investidores. Hoje, por exemplo, não existe idade mínima de aposentadoria no setor privado (INSS), desde o que o trabalhador cumpra um tempo mínimo de contribuição no sistema.

Com a reforma, para todos os setores, a idade mínima passa a ser de 65 anos para homens, e 62 anos para mulheres, que irão subindo gradativamente a cada quatro anos. Para D’Ambroso, essa reforma não serve para o Brasil e dificulta cada vez mais a equidade social. 

“O país não mexeu na reserva monetária e não fez empréstimos. Teve um discurso de crise, fabricando uma que nasce com a Lava Jato. A reforma da Previdência não nos serve, pois não atende as necessidades da população brasileira. O exemplo é do Chile que utiliza este mesmo modelo que estão querendo implantar aqui. Os índices de suicídio de idosos é gigantesco", destacou..

"A pessoa não tem mais condições de trabalhar no final da vida, é o Estado que precisa dar condições e dignidade”, afirmou o desembargador. Ainda segundo ele, os devedores são empresas que detêm grande parte da economia brasileira. “Não são os trabalhadores que estão devendo, são os empresários. Nós precisamos guardar nossas riquezas e não precarizar mais as nossas relações de trabalho. Ou mudamos ou seremos escravos dos outros”, ressaltou.

D’Ambroso, que foi aclamado de pé pelos presentes ao final de sua apresentação, respondeu questionamentos da população sobre pontos da reforma, clareando as dúvidas que ainda surgiram ao longo dos debates. “Não faz sentido tamanho subsídio ao mais rico”, finalizou.O evento foi organizado pela Federação Democrática dos Trabalhadores na Indústria do Calçado do Rio Grande do Sul (, pelo Sindicato dos Comerciários de Sapiranga, Federação dos Municipários do Rio Grande do Sul. juntamente com  os vereadores Rita Della Giustina, Egon Kirchheim e Dico, todos do Partido dos Trabalhadores.

 

Título: Sapiranga: Reforma de Bolsonaro não serve ao Brasil, aponta desembargador do TRT-4, Conteúdo: O tema que mais preocupa os brasileiros na atualidade, a reforma da Previdência, foi majestosamente tratado na noite desta segunda-feira (25), através do painel realizado pelo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4), Marcelo José Ferlin D’Ambroso, que lotou a Câmara de Vereadores de Sapiranga. A palestra “Impactos da Reforma da Previdência nos Direitos da População Brasileira” esclareceu as dúvidas da população sobre a retirada de direitos proposta pelo governo Bolsonaro. O magistrado trouxe dados históricos, nacionais e internacionais, que comprovam os motivos pelos quais a proposta de reforma é impopular e ansiada somente pelos grandes investidores. Hoje, por exemplo, não existe idade mínima de aposentadoria no setor privado (INSS), desde o que o trabalhador cumpra um tempo mínimo de contribuição no sistema. Com a reforma, para todos os setores, a idade mínima passa a ser de 65 anos para homens, e 62 anos para mulheres, que irão subindo gradativamente a cada quatro anos. Para D’Ambroso, essa reforma não serve para o Brasil e dificulta cada vez mais a equidade social.  “O país não mexeu na reserva monetária e não fez empréstimos. Teve um discurso de crise, fabricando uma que nasce com a Lava Jato. A reforma da Previdência não nos serve, pois não atende as necessidades da população brasileira. O exemplo é do Chile que utiliza este mesmo modelo que estão querendo implantar aqui. Os índices de suicídio de idosos é gigantesco, destacou.. A pessoa não tem mais condições de trabalhar no final da vida, é o Estado que precisa dar condições e dignidade”, afirmou o desembargador. Ainda segundo ele, os devedores são empresas que detêm grande parte da economia brasileira. “Não são os trabalhadores que estão devendo, são os empresários. Nós precisamos guardar nossas riquezas e não precarizar mais as nossas relações de trabalho. Ou mudamos ou seremos escravos dos outros”, ressaltou. D’Ambroso, que foi aclamado de pé pelos presentes ao final de sua apresentação, respondeu questionamentos da população sobre pontos da reforma, clareando as dúvidas que ainda surgiram ao longo dos debates. “Não faz sentido tamanho subsídio ao mais rico”, finalizou.O evento foi organizado pela Federação Democrática dos Trabalhadores na Indústria do Calçado do Rio Grande do Sul (, pelo Sindicato dos Comerciários de Sapiranga, Federação dos Municipários do Rio Grande do Sul. juntamente com  os vereadores Rita Della Giustina, Egon Kirchheim e Dico, todos do Partido dos Trabalhadores.  



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