Prefeitura de São Paulo promove educação e cidadania para jovens e adultos transexuais

Programa Social poderá ser implementado em outras cidades dentro e fora do país

Escrito por: João Andrade ? Comunicação CNTV/CUT • Publicado em: 21/01/2016 - 16:47 Escrito por: João Andrade ? Comunicação CNTV/CUT Publicado em: 21/01/2016 - 16:47

 

 

 

 

Há cerca de 1 ano, a prefeitura do município de São Paulo iniciava o “Transcidadania”, um programa social voltado à educação de transexuais jovens e adultos. Aliada ao processo educacional, o Programa ofertou uma bolsa no valor de R$ 820,00 para que cerca de 100 pessoas pudessem voltar à escola e traçar um novo futuro. Nesta quarta, dia 20 de janeiro, foi realizada a formatura da primeira turma, com 38 alunos.

 

O Transcidadania atende uma população que deixou os estudos por causa do preconceito da comunidade escolar.  “Há 15 anos fui posta para fora da escola porque um grupo de alunos queria me queimar viva. Quem me salvou foi um professor, que me tirou do prédio dentro do porta malas do seu carro. Mas hoje estou me formando”, relatou emocionada a participante do Transcidadania Marcela Monteiro, formanda da primeira turma. “É um programa que fez com que as pessoas nos enxergassem com dignidade, me permitiu voltar à escola e me perceber como uma pessoa de direitos”, disse Marcela em entrevista à Rede Brasil Atual. Alguns dos formandos se credenciaram aos programas do Governo Federal para acesso à universidade (SISU e Prouni).

 

Durante a formatura, o Prefeito Fernando Haddad relatou que “no momento em que ameaçavam propagar o preconceito e a intolerância, nós dissemos que não vamos permitir isso em São Paulo. Com esse programa, anunciamos a todas as pessoas que ninguém ficará para trás”, discursou.  

 

Copiado dentro e fora do Brasil

 

O programa Transcidadania é uma ação inédita em todo o mundo. Segundo informações da Prefeitura de São  Paulo, o Governo dos Estados Unidos enviou uma equipe para conhecer o programa. No Brasil, o Estado de Minas Gerais ensaia uma ação semelhente.

 

Mais verba

 

O sucesso do Programa fez com que a Prefeitura de São Paulo aumentasse em mais de 100% o orçamento para o Transcidadania. A Coordenação de Políticas LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania anuncio que o orçamento de 2016 será de R$ 8,8 milhões. Em 2015, o órgão contou com R$ 3,8 milhões. Serão oferecidas 200 vagas e o valor da bolsa aumentará para R$ 910, conforme anunciou o prefeito Fernando Haddad durante a cerimônia de formatura, realizada na Praça das Artes, no centro de São Paulo.

 

Combate ao preconceito e à violência

 

Para a CNTV/CUT, o programa beneficia diretamente a classe trabalhadora, que é quem mais sofre com o preconceito de gênero.  Cida Trajano, presidenta da entidade, considera que trata-se de uma grande oportunidade para que a população  transexual da maior cidade do país tome seu lugar no Mercado de Trabalho. “O Brasil é um dos países que mais assassina travestis e homossexuais. Ainda precisamos avançar muito, como aprovar a lei que torna crime a homofobia, por exemplo, mas atitudes localizadas como esta só tem a contribuir para que mais pessoas que pertencem à classe trabalhadora e sempre estiveram às margens do mundo do trabalho, se engajem formalmente no mercado. A educação é o caminho”, avaliou. 

Título: Prefeitura de São Paulo promove educação e cidadania para jovens e adultos transexuais, Conteúdo:         Há cerca de 1 ano, a prefeitura do município de São Paulo iniciava o “Transcidadania”, um programa social voltado à educação de transexuais jovens e adultos. Aliada ao processo educacional, o Programa ofertou uma bolsa no valor de R$ 820,00 para que cerca de 100 pessoas pudessem voltar à escola e traçar um novo futuro. Nesta quarta, dia 20 de janeiro, foi realizada a formatura da primeira turma, com 38 alunos.   O Transcidadania atende uma população que deixou os estudos por causa do preconceito da comunidade escolar.  “Há 15 anos fui posta para fora da escola porque um grupo de alunos queria me queimar viva. Quem me salvou foi um professor, que me tirou do prédio dentro do porta malas do seu carro. Mas hoje estou me formando”, relatou emocionada a participante do Transcidadania Marcela Monteiro, formanda da primeira turma. “É um programa que fez com que as pessoas nos enxergassem com dignidade, me permitiu voltar à escola e me perceber como uma pessoa de direitos”, disse Marcela em entrevista à Rede Brasil Atual. Alguns dos formandos se credenciaram aos programas do Governo Federal para acesso à universidade (SISU e Prouni).   Durante a formatura, o Prefeito Fernando Haddad relatou que “no momento em que ameaçavam propagar o preconceito e a intolerância, nós dissemos que não vamos permitir isso em São Paulo. Com esse programa, anunciamos a todas as pessoas que ninguém ficará para trás”, discursou.     Copiado dentro e fora do Brasil   O programa Transcidadania é uma ação inédita em todo o mundo. Segundo informações da Prefeitura de São  Paulo, o Governo dos Estados Unidos enviou uma equipe para conhecer o programa. No Brasil, o Estado de Minas Gerais ensaia uma ação semelhente.   Mais verba   O sucesso do Programa fez com que a Prefeitura de São Paulo aumentasse em mais de 100% o orçamento para o Transcidadania. A Coordenação de Políticas LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania anuncio que o orçamento de 2016 será de R$ 8,8 milhões. Em 2015, o órgão contou com R$ 3,8 milhões. Serão oferecidas 200 vagas e o valor da bolsa aumentará para R$ 910, conforme anunciou o prefeito Fernando Haddad durante a cerimônia de formatura, realizada na Praça das Artes, no centro de São Paulo.   Combate ao preconceito e à violência   Para a CNTV/CUT, o programa beneficia diretamente a classe trabalhadora, que é quem mais sofre com o preconceito de gênero.  Cida Trajano, presidenta da entidade, considera que trata-se de uma grande oportunidade para que a população  transexual da maior cidade do país tome seu lugar no Mercado de Trabalho. “O Brasil é um dos países que mais assassina travestis e homossexuais. Ainda precisamos avançar muito, como aprovar a lei que torna crime a homofobia, por exemplo, mas atitudes localizadas como esta só tem a contribuir para que mais pessoas que pertencem à classe trabalhadora e sempre estiveram às margens do mundo do trabalho, se engajem formalmente no mercado. A educação é o caminho”, avaliou. 



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