Os patrões estão dizendo na nossa cara que querem retirar direitos

Lideranças sindicais enxergam cenário político como ameaça eminente aos direitos trabalhistas

Escrito por: Comunicação CNTV/CUT • Publicado em: 08/07/2016 - 19:39 Escrito por: Comunicação CNTV/CUT Publicado em: 08/07/2016 - 19:39

 

Sorocaba: Em reunião com os sindicatos filiados do Estado de São Paulo, a  Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Couro, Calçado e Vestuarista do Brasil, Fetracovest, promoveu uma análise da conjuntura política e econômica do país e seus impactos nas campanhas salariais do primeiro semestre. Para os sindicalistas, os patrões já não escondem mais o que realmente querem: retirar direitos e achatar os salários.

Durante o encontro, que aconteceu na sede do Sindicato do Vestuário de Sorocaba, na manhã da última terça-feira (5), os sindicalistas alertaram que os patrões estão se aproveitando das negociações salariais e sociais para imprimir uma pauta de retrocesso nos benefícios e, principalmente, achatar os salários. “Tem patrão propondo metade da inflação. Se isso ocorrer, os trabalhadores levarão pelo menos 3 anos para recuperar a outra metade. Isso se categoria se unir e lutar”, avaliou José Carlos Guedes, presidente da Fetracovest. Para Guedes, as empresas, principalmente as pequenas e médias, estão dando um tiro no próprio pé:  “o achatamento dos salários resultará na diminuição do consumo interno e do poder de compra da classe trabalhadora. Como consequência, haverá o agravamento da crise econômica”, alertou.

Discursos patronais afinados
Na visão dos sindicalistas, para além da choradeira histórica, os patrões adotaram um discurso unificado para imprimirem o retrocesso. “O argumento da “crise” não é novo, pois sempre convivemos com a choradeira no momento das negociações. A novidade é que o cenário político está encorajando os patrões para colocar em pauta a retirada de direitos já existentes nos atuais Acordos Coletivos”, alertou Guedes. O sindicalista avalia que a fatura do Golpe contra Dilma e contra a Democracia, financiado principalmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), já está sendo cobrada. “Querem que os trabalhadores paguem o pato, mas não vamos aceitar nenhum retrocesso, seja nos acordos coletivos ou na legislação trabalhista”, concluiu.

“REDUÇÃO DE DIREITOS NÃO GARANTE EMPREGO”
Os participantes da reunião relataram que um dos argumentos mais ameaçadores dos patrões tem sido as demissões. Para o dirigente sindical Luís Carlos da Silva, o Marron, ao reduzir direitos, os patrões não dão nenhuma garantia de emprego. “Os patrões querem fechar Acordos com índice rebaixado e retirando conquistas como convênio médico, por exemplo, mas não querem assinar uma cláusula que garanta o emprego. Redução de direitos não dá garantia de permanência dos postos de trabalho”, alertou. Para Marron, o desafio será convencer os trabalhadores disso: “tem muita gente querendo rebaixar seus próprios salários achando que terá emprego garantido. Isso é um ledo engano”.

Título: Os patrões estão dizendo na nossa cara que querem retirar direitos, Conteúdo:   Sorocaba: Em reunião com os sindicatos filiados do Estado de São Paulo, a  Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Couro, Calçado e Vestuarista do Brasil, Fetracovest, promoveu uma análise da conjuntura política e econômica do país e seus impactos nas campanhas salariais do primeiro semestre. Para os sindicalistas, os patrões já não escondem mais o que realmente querem: retirar direitos e achatar os salários. Durante o encontro, que aconteceu na sede do Sindicato do Vestuário de Sorocaba, na manhã da última terça-feira (5), os sindicalistas alertaram que os patrões estão se aproveitando das negociações salariais e sociais para imprimir uma pauta de retrocesso nos benefícios e, principalmente, achatar os salários. “Tem patrão propondo metade da inflação. Se isso ocorrer, os trabalhadores levarão pelo menos 3 anos para recuperar a outra metade. Isso se categoria se unir e lutar”, avaliou José Carlos Guedes, presidente da Fetracovest. Para Guedes, as empresas, principalmente as pequenas e médias, estão dando um tiro no próprio pé:  “o achatamento dos salários resultará na diminuição do consumo interno e do poder de compra da classe trabalhadora. Como consequência, haverá o agravamento da crise econômica”, alertou. Discursos patronais afinados Na visão dos sindicalistas, para além da choradeira histórica, os patrões adotaram um discurso unificado para imprimirem o retrocesso. “O argumento da “crise” não é novo, pois sempre convivemos com a choradeira no momento das negociações. A novidade é que o cenário político está encorajando os patrões para colocar em pauta a retirada de direitos já existentes nos atuais Acordos Coletivos”, alertou Guedes. O sindicalista avalia que a fatura do Golpe contra Dilma e contra a Democracia, financiado principalmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), já está sendo cobrada. “Querem que os trabalhadores paguem o pato, mas não vamos aceitar nenhum retrocesso, seja nos acordos coletivos ou na legislação trabalhista”, concluiu. “REDUÇÃO DE DIREITOS NÃO GARANTE EMPREGO” Os participantes da reunião relataram que um dos argumentos mais ameaçadores dos patrões tem sido as demissões. Para o dirigente sindical Luís Carlos da Silva, o Marron, ao reduzir direitos, os patrões não dão nenhuma garantia de emprego. “Os patrões querem fechar Acordos com índice rebaixado e retirando conquistas como convênio médico, por exemplo, mas não querem assinar uma cláusula que garanta o emprego. Redução de direitos não dá garantia de permanência dos postos de trabalho”, alertou. Para Marron, o desafio será convencer os trabalhadores disso: “tem muita gente querendo rebaixar seus próprios salários achando que terá emprego garantido. Isso é um ledo engano”.



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