Morte de coureiras causa indignação e organizações exigem investigação

Segundo a polícia, as funcionárias não usavam equipamentos de segurança no momento do acidente. Equipamento teria falhado

Escrito por: Walber Pinto, com informações da Fetracovest e imprensa local • Publicado em: 29/09/2017 - 15:20 • Última modificação: 29/09/2017 - 15:27 Escrito por: Walber Pinto, com informações da Fetracovest e imprensa local Publicado em: 29/09/2017 - 15:20 Última modificação: 29/09/2017 - 15:27

Divulgação Movimentação no curtume no dia em que as mulheres morreram esmagada

No dia 25 de setembro, três coureiras de Andradina (SP), no extremo-oeste de São Paulo, foram esmagadas por uma máquina que processa couro bovino e faleceram.

As trabalhadoras foram socorridas pelos próprios colegas de trabalho no Curtume Andradina (Ravagnani e CIA). Eles usaram uma empilhadeira para retirá-las do local do acidente. Mas Ângela Evangelista, de 44 anos, Carla Cristina Pires, 35, e Thais Costa Martins, 29, não resistiram aos ferimentos.

A Federação dos Trabalhadores na Indústria Coureira, Calçados e Vestuarista do Brasil (Fetracovest) cobra investigação sobre o acidente de trabalho fatal e cobra que a empresa preste assistência psicológica e financeira às famílias. “A entidade lutará para que o caso não fique impune, nem que as vítimas sejam condenadas por suas próprias mortes”, diz nota assinada pelo presidente da entidade, José Carlos Guedes.

Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo do vestiário (CNTRV) cobra responsabilidade do Ministério Público de São Paulo.

“Esse acidente foi uma irresponsabilidade, não temos uma lei que responsabilize o setor patronal na questão do acidente do trabalho. O sindicato vem denunciando sempre o que tem ocorrido com os trabalhadores com acidente ocupacional”, afirma a presidenta da CNTRV, Cida Trajano.

Segundo o delegado Raoni Spetic, que acompanhou a perícia, as funcionárias não usavam equipamentos de segurança. Além disso, a polícia investiga porque a prensa teria baixado sem ser acionada.

Após o resultado da perícia, o dono da empresa e os responsáveis pela manutenção da máquina devem responder por homicídio culposo (quando não há intenção).

Em outra ponta de investigação, o Ministério Público do Trabalho vai ouvir os responsáveis do curtume e funcionários. Segundo o MPT, que não descarta fazer diligências no local, as investigações podem durar até 12 meses. 

Esta é a segunda tragédia na cidade de Andradina neste ano. No dia 25 de maio, três homens morreram durante a explosão de um cilindro numa fábrica de plásticos e embalagens. A causa do acidente ainda está sendo investigada pela polícia.

Título: Morte de coureiras causa indignação e organizações exigem investigação, Conteúdo: No dia 25 de setembro, três coureiras de Andradina (SP), no extremo-oeste de São Paulo, foram esmagadas por uma máquina que processa couro bovino e faleceram. As trabalhadoras foram socorridas pelos próprios colegas de trabalho no Curtume Andradina (Ravagnani e CIA). Eles usaram uma empilhadeira para retirá-las do local do acidente. Mas Ângela Evangelista, de 44 anos, Carla Cristina Pires, 35, e Thais Costa Martins, 29, não resistiram aos ferimentos. A Federação dos Trabalhadores na Indústria Coureira, Calçados e Vestuarista do Brasil (Fetracovest) cobra investigação sobre o acidente de trabalho fatal e cobra que a empresa preste assistência psicológica e financeira às famílias. “A entidade lutará para que o caso não fique impune, nem que as vítimas sejam condenadas por suas próprias mortes”, diz nota assinada pelo presidente da entidade, José Carlos Guedes. Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo do vestiário (CNTRV) cobra responsabilidade do Ministério Público de São Paulo. “Esse acidente foi uma irresponsabilidade, não temos uma lei que responsabilize o setor patronal na questão do acidente do trabalho. O sindicato vem denunciando sempre o que tem ocorrido com os trabalhadores com acidente ocupacional”, afirma a presidenta da CNTRV, Cida Trajano. Segundo o delegado Raoni Spetic, que acompanhou a perícia, as funcionárias não usavam equipamentos de segurança. Além disso, a polícia investiga porque a prensa teria baixado sem ser acionada. Após o resultado da perícia, o dono da empresa e os responsáveis pela manutenção da máquina devem responder por homicídio culposo (quando não há intenção). Em outra ponta de investigação, o Ministério Público do Trabalho vai ouvir os responsáveis do curtume e funcionários. Segundo o MPT, que não descarta fazer diligências no local, as investigações podem durar até 12 meses.  Esta é a segunda tragédia na cidade de Andradina neste ano. No dia 25 de maio, três homens morreram durante a explosão de um cilindro numa fábrica de plásticos e embalagens. A causa do acidente ainda está sendo investigada pela polícia.



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