Macrossetor da Indústria da CUT e TID Brasil publicam propostas frente à crise do coronavírus

Priorização da vida humana, crise econômica e medidas do governo federal foram os principais pontos debatidos em videoconferência que reuniu as lideranças dos ramos que integram o MSI

Escrito por: Coordenação MSI • Publicado em: 24/04/2020 - 17:08 Escrito por: Coordenação MSI Publicado em: 24/04/2020 - 17:08

Divulgação

              Com ênfase no debate da conjuntura global e nacional sobre pontos como  combate do coronavírus, proteção social, garantia de emprego e papel do Estado, lideranças do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) e do TID Brasil se reuniram por meio de videoconferência na manhã dessa quarta-feira, 22. O MSI é composto pelas confederações cutistas dos setores da construção e madeira (CONTICOM), vestuário (CNTRV), metalúrgico (CNM/CUT), químico (CNQ), energia (SINERGIA/CUT) e alimentação (Contac).

                Pontos positivos como a unidade das centrais sindicais frente ao combate de medidas que retiram ou flexibilizam direitos e a revogação da MP 905, foram considerados pelos participantes. Contudo, existem questões conjunturais que geram grande preocupação, tais como:

- A ineficácia de medidas adotadas pelas empresas para prevenir o contágio nos locais de trabalho. A falta,  mau uso, ou até mesmo o desuso dos EPIs foram alguns dos problemas relatados.

- As declarações e atitudes de Bolsonaro representam um ataque à democracia e total irresponsabilidade diante do poder mortal da pandemia do novo coronavírus.

- As demissões em massa, principalmente nos setores considerados não essenciais, representam não só a ausência de responsabilidade social de parte dos empresários da indústria, mas também a incapacidade do governo federal em propor medidas realmente capazes de garantir os postos de trabalho.

- A MP 936 e outras medidas do governo federal invés de proteger, geram maior instabilidade para os trabalhadores e trabalhadoras.

- A insuficiência dos recursos disponibilizados pelo governo para o enfrentamento social da crise, como o valor de R$ 600,00 do auxílio emergencial, considerado muito baixo.

- O alinhamento de alguns governadores ao discurso genocida de Bolsonaro sobre a antecipação do fim do isolamento social.

- Um possível aprofundamento do modelo de trabalho baseado na experiência “home-office”, bem como o aprofundamento da precarização nas relações de trabalho.

Diante desse quadro, o Macrossetor da Indústria da CUT e o TID Brasil deliberaram:

1)     - Reivindicar o aumento nas parcelas do seguro-desemprego.

2)      - Realizar uma campanha para o uso adequado de EPIs preventivos ao contágio do COVID-19.

3)     -  Cobrar maior responsabilidade social dos Estados e do governo federal frente ao combate do coronavírus e retomada econômica.

4)      - Organizar o 1.º de Maio Solidário e implementar uma campanha de arrecadação e distribuição de kits contendo álcool gel, máscara e produtos de higiene e limpeza, além de cestas básicas de alimentos. A distribuição deve priorizar a população mais vulnerável e desassistida.

5)      - Dar um caráter nacional no debate sobre políticas de reconversão industrial, com foco na criação de uma câmara setorial de saúde.

6)      - Elaborar um banco de dados sobre os principais problemas ocorridos nas categorias representadas pelo MSI.

7)     -  Levantar as experiências de negociação coletiva motivadas pela pandemia.

8)     - Disponibilizar as estruturas sindicais para a realização das campanhas de vacinação dos municípios, bem como, se possível, para ações de tratamento e combate ao coronavírus, conforme orientações da CUT Nacional.

ACESSE AQUI O BOLETIM INFORMATIVO DO MACROSSETOR

 

Título: Macrossetor da Indústria da CUT e TID Brasil publicam propostas frente à crise do coronavírus, Conteúdo:               Com ênfase no debate da conjuntura global e nacional sobre pontos como  combate do coronavírus, proteção social, garantia de emprego e papel do Estado, lideranças do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) e do TID Brasil se reuniram por meio de videoconferência na manhã dessa quarta-feira, 22. O MSI é composto pelas confederações cutistas dos setores da construção e madeira (CONTICOM), vestuário (CNTRV), metalúrgico (CNM/CUT), químico (CNQ), energia (SINERGIA/CUT) e alimentação (Contac).                 Pontos positivos como a unidade das centrais sindicais frente ao combate de medidas que retiram ou flexibilizam direitos e a revogação da MP 905, foram considerados pelos participantes. Contudo, existem questões conjunturais que geram grande preocupação, tais como: - A ineficácia de medidas adotadas pelas empresas para prevenir o contágio nos locais de trabalho. A falta,  mau uso, ou até mesmo o desuso dos EPIs foram alguns dos problemas relatados. - As declarações e atitudes de Bolsonaro representam um ataque à democracia e total irresponsabilidade diante do poder mortal da pandemia do novo coronavírus. - As demissões em massa, principalmente nos setores considerados não essenciais, representam não só a ausência de responsabilidade social de parte dos empresários da indústria, mas também a incapacidade do governo federal em propor medidas realmente capazes de garantir os postos de trabalho. - A MP 936 e outras medidas do governo federal invés de proteger, geram maior instabilidade para os trabalhadores e trabalhadoras. - A insuficiência dos recursos disponibilizados pelo governo para o enfrentamento social da crise, como o valor de R$ 600,00 do auxílio emergencial, considerado muito baixo. - O alinhamento de alguns governadores ao discurso genocida de Bolsonaro sobre a antecipação do fim do isolamento social. - Um possível aprofundamento do modelo de trabalho baseado na experiência “home-office”, bem como o aprofundamento da precarização nas relações de trabalho. Diante desse quadro, o Macrossetor da Indústria da CUT e o TID Brasil deliberaram: 1)     - Reivindicar o aumento nas parcelas do seguro-desemprego. 2)      - Realizar uma campanha para o uso adequado de EPIs preventivos ao contágio do COVID-19. 3)     -  Cobrar maior responsabilidade social dos Estados e do governo federal frente ao combate do coronavírus e retomada econômica. 4)      - Organizar o 1.º de Maio Solidário e implementar uma campanha de arrecadação e distribuição de kits contendo álcool gel, máscara e produtos de higiene e limpeza, além de cestas básicas de alimentos. A distribuição deve priorizar a população mais vulnerável e desassistida. 5)      - Dar um caráter nacional no debate sobre políticas de reconversão industrial, com foco na criação de uma câmara setorial de saúde. 6)      - Elaborar um banco de dados sobre os principais problemas ocorridos nas categorias representadas pelo MSI. 7)     -  Levantar as experiências de negociação coletiva motivadas pela pandemia. 8)     - Disponibilizar as estruturas sindicais para a realização das campanhas de vacinação dos municípios, bem como, se possível, para ações de tratamento e combate ao coronavírus, conforme orientações da CUT Nacional. ACESSE AQUI O BOLETIM INFORMATIVO DO MACROSSETOR  



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