LGBTQI+: “Brasil vive momentos de retrocessos nas políticas públicas”, destaca Bel Silva

A ex-sindicalista fez um resgate histórico da luta e conquistas da população LGBTQI+ e destacou os retrocessos da era Temer/Bolsonaro

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 26/05/2021 - 10:32 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 26/05/2021 - 10:32

Divulgação

                “Em toda a trajetória de luta e conquistas da população LGBTQI+, a CUT se apresenta como uma das entidades que exerceram e ainda exercem papel central de organização e luta”. A partir desse contexto, a ex-sindicalista Bel Silva, conhecido como Bel da CUT, desenvolveu a terceira aula do curso sobre Direitos da População LGBTQI+, realizada no último sábado, 22, para sindicalistas do ramo vestuário da CUT que atuam região nordeste. O curso faz parte das atividades do projeto denominado "Empoderamento dos Sindicatos Brasileiros do Setor Vestuário para Combater a Violência com Base no Gênero e na Discriminação LGBTQI+ no Local de Trabalho”, desenvolvido em parceria com o Solidarity Center e apoio da Fundação Laudes e Dieese.

Resgate histórico

                Além de uma perspectiva geral da organização e luta por direitos para a população LGBTQI+, Bel da CUT resgatou o momento em que a Central Única dos Trabalhadores aprovou o tema como pauta permanente e destacou os desafios existentes na época. Muitos desses desafios ainda perduram. “Incluir a pauta LGBT no movimento sindical há quase 30 anos atrás não foi uma tarefa fácil. A CUT foi a primeira central a aprovar em suas instâncias, políticas de organização e luta dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTs, mas para que isso ocorresse percorremos um longo caminho. Em muitos momentos esse caminho foi pavimentado pelo preconceito de muitos dirigentes sindicais, o que certamente ainda existe”, conta.

 

Avanços e retrocessos

                Bel Silva é dirigente sindical bancária. Coordenou a Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP entre 1994 e 2003 e foi a primeira coordenadora do Coletivo LGBT da CUT. De 2012 a 2015 integrou a equipe do Ministério dos Direitos Humanos do governo Dilma. Ela resgatou os desafios e avanços nos governos democráticos e populares de Lula e Dilma e relatou o fato de que muitos desses avanças estão extintos ou ameaçados no governo Bolsonaro. “Já no governo Temer, todos os avanços obtidos nos governos Lula e Dilma foram simplesmente desconsiderados. Com Bolsonaro no poder (um homem branco, misógino, machista e homofóbico) a situação é ainda pior. Além de não reconhecer as conquistas, esse governo se esforça para desmontar qualquer política pública específica para a população LGBTQI+.

                “Bel nos deu uma aula de história sobre a luta e resistência dos trabalhadores LGBTs. Percebemos que esta luta, apesar de todos os avanços obtidos no decorrer dos  anos, precisa ser fortalecida para evitar ainda mais retrocessos no atual governo. Os sindicatos exerceram e ainda podem exercer um papel central, principalmente garantindo em seus acordos e convenções, cláusulas que promovam a igualdade no trabalho”, analisou Cida Trajano, presidenta da CNTRV.

 A aula foi transmitida Ao Vivo pelo Facebook da CNTRV e está disponível AQUI.

               

Título: LGBTQI+: “Brasil vive momentos de retrocessos nas políticas públicas”, destaca Bel Silva, Conteúdo:                 “Em toda a trajetória de luta e conquistas da população LGBTQI+, a CUT se apresenta como uma das entidades que exerceram e ainda exercem papel central de organização e luta”. A partir desse contexto, a ex-sindicalista Bel Silva, conhecido como Bel da CUT, desenvolveu a terceira aula do curso sobre Direitos da População LGBTQI+, realizada no último sábado, 22, para sindicalistas do ramo vestuário da CUT que atuam região nordeste. O curso faz parte das atividades do projeto denominado Empoderamento dos Sindicatos Brasileiros do Setor Vestuário para Combater a Violência com Base no Gênero e na Discriminação LGBTQI+ no Local de Trabalho”, desenvolvido em parceria com o Solidarity Center e apoio da Fundação Laudes e Dieese. Resgate histórico                 Além de uma perspectiva geral da organização e luta por direitos para a população LGBTQI+, Bel da CUT resgatou o momento em que a Central Única dos Trabalhadores aprovou o tema como pauta permanente e destacou os desafios existentes na época. Muitos desses desafios ainda perduram. “Incluir a pauta LGBT no movimento sindical há quase 30 anos atrás não foi uma tarefa fácil. A CUT foi a primeira central a aprovar em suas instâncias, políticas de organização e luta dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTs, mas para que isso ocorresse percorremos um longo caminho. Em muitos momentos esse caminho foi pavimentado pelo preconceito de muitos dirigentes sindicais, o que certamente ainda existe”, conta.   Avanços e retrocessos                 Bel Silva é dirigente sindical bancária. Coordenou a Secretaria de Políticas Sociais da CUT/SP entre 1994 e 2003 e foi a primeira coordenadora do Coletivo LGBT da CUT. De 2012 a 2015 integrou a equipe do Ministério dos Direitos Humanos do governo Dilma. Ela resgatou os desafios e avanços nos governos democráticos e populares de Lula e Dilma e relatou o fato de que muitos desses avanças estão extintos ou ameaçados no governo Bolsonaro. “Já no governo Temer, todos os avanços obtidos nos governos Lula e Dilma foram simplesmente desconsiderados. Com Bolsonaro no poder (um homem branco, misógino, machista e homofóbico) a situação é ainda pior. Além de não reconhecer as conquistas, esse governo se esforça para desmontar qualquer política pública específica para a população LGBTQI+.                 “Bel nos deu uma aula de história sobre a luta e resistência dos trabalhadores LGBTs. Percebemos que esta luta, apesar de todos os avanços obtidos no decorrer dos  anos, precisa ser fortalecida para evitar ainda mais retrocessos no atual governo. Os sindicatos exerceram e ainda podem exercer um papel central, principalmente garantindo em seus acordos e convenções, cláusulas que promovam a igualdade no trabalho”, analisou Cida Trajano, presidenta da CNTRV.  A aula foi transmitida Ao Vivo pelo Facebook da CNTRV e está disponível AQUI.                



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