Confecções do ABC: Encontro de Mulheres esclarece participantes sobre “onda” de retrocessos

Reforma da Previdência e Terceirização foram pautas da atividade

Escrito por: Redação Sind. Trab. em Confecção do ABC • Publicado em: 27/03/2017 - 14:40 • Última modificação: 27/03/2017 - 15:19 Escrito por: Redação Sind. Trab. em Confecção do ABC Publicado em: 27/03/2017 - 14:40 Última modificação: 27/03/2017 - 15:19

João Andrade Cidinha Ferreira saúda as participantes do Encontro de Mulheres do Sindicato

                Com casa cheia, o Sindicato das Trabalhadoras/es em Confecções do ABC promoveu, no último sábado, 25,  um grande debate sobre os retrocessos nos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. A atividade, que é parte das celebrações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contou com a participação de Lucineide Varjão, presidenta da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), e membro do Comitê Executivo da IndustriALL Global Union (entidade internacional que representa trabalhadores têxteis, químicos e metalúrgicos); João Cayres, Secretário Geral da CUT/SP; e Ana Nice, Vereadora em São Bernardo do Campo pelo Partido dos Trabalhadores (PT).  Vários Sindicatos e organizações sociais da região e o coordenador da subsede do ABC da CUT/SP, José Freire da Silva, também participaram do Encontro.

                Dezenas de trabalhadoras e trabalhadores de várias fábricas de confecções da região do ABC, discutiram  os perigos da Reforma da Previdência e os impactos da  aprovação do Projeto de Lei que permite a terceirização em todos os setores da empresa. “Promovemos esta atividade para debater os impactos da Reforma da Previdência para a mulher trabalhadora, mas no meio do caminho fomos surpreendidos por mais uma ameaça que foi a aprovação da terceirização generalizada, fato que atinge em cheio as mulheres, pois possibilitará a retirada de direitos básicos como licença-maternidade, auxílio-creche, férias e tantos outros benefícios elementares”, frisou Cidinha Ferreira, presidenta do Sindicato.

 

“Não é Reforma. É demolição”

                A afirmação foi do Secretário Geral da CUT/SP, João Cayres, que pontuou cada um dos direitos que os trabalhadores/as irão perder caso a Reforma da Previdência seja aprovada pelo Congresso. Dentre eles, o sindicalista ressaltou que a criação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres fará com que o tempo de serviço para aposentadoria integral seja de 49 anos.

                Já a vereadora Ana Nice disse que igualar os critérios para aposentadoria (entre homens e mulheres) é desconsiderar todas as conquistas da mulher trabalhadora nos últimos cem anos. “Temos nossas diferenças biológicas. Além disso, enfrentamos duplas e até mesmo triplas jornadas de trabalho, além do preconceito e da discriminação do próprio mercado de trabalho que nos impõe os menores salários. Vale lembrar que o desemprego atinge, principalmente, as mulheres e as negras são ainda mais afetadas”, resumiu.

 

“Sofremos todos os dias”

                Lucineide Varjão falou do preconceito e da discriminação aos quais as mulheres estão expostas diariamente. “Sofremos todos os dias com piadas machistas, com assédio sexual, com o preconceito no local de trabalho que nos coloca em condições inferiores às dos homens. O feminicídio (assassinato de mulheres) ainda é assustador no Brasil e acontece em todas as regiões e em todas as classes sociais. Os espaços de poder, inclusive nos sindicatos, ainda são dominados, em sua maioria, por homens. As políticas públicas conquistadas na última década, por meio de governos progressistas, estão sendo destruídas tanto em nível federal, quanto local. Em cidades como São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, por exemplo, foram extintos todos os espaços reservados para a implementação de políticas públicas paras as mulheres.  Nossas conquistas históricas estão sendo destruídas por este governo golpista e machista e por governadores e prefeitos que usam o argumento da economia para acabar com os equipamentos públicos que garantem assistência às mulheres mais vulneráveis. Nos resta reagir!”, pontuou a sindicalista.

 

Confraternização

                O Encontro de Mulheres foi encerrado com uma confraternização e sorteio de brindes para as participantes. “Esperamos que todas/os saiam deste encontro preparadas e fortalecidas para informar as companheiros/os nos locais de trabalho sobre os temas debatidos. Dia 31 será um grande dia de luta e temos a tarefa de nos preparar para fortalecer as mobilizações nas ruas e  nos locais de trabalho”, finalizou a presidenta do Sindicato, Cidinha Ferreira.

 

 

Título: Confecções do ABC: Encontro de Mulheres esclarece participantes sobre “onda” de retrocessos, Conteúdo:                 Com casa cheia, o Sindicato das Trabalhadoras/es em Confecções do ABC promoveu, no último sábado, 25,  um grande debate sobre os retrocessos nos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. A atividade, que é parte das celebrações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contou com a participação de Lucineide Varjão, presidenta da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), e membro do Comitê Executivo da IndustriALL Global Union (entidade internacional que representa trabalhadores têxteis, químicos e metalúrgicos); João Cayres, Secretário Geral da CUT/SP; e Ana Nice, Vereadora em São Bernardo do Campo pelo Partido dos Trabalhadores (PT).  Vários Sindicatos e organizações sociais da região e o coordenador da subsede do ABC da CUT/SP, José Freire da Silva, também participaram do Encontro.                 Dezenas de trabalhadoras e trabalhadores de várias fábricas de confecções da região do ABC, discutiram  os perigos da Reforma da Previdência e os impactos da  aprovação do Projeto de Lei que permite a terceirização em todos os setores da empresa. “Promovemos esta atividade para debater os impactos da Reforma da Previdência para a mulher trabalhadora, mas no meio do caminho fomos surpreendidos por mais uma ameaça que foi a aprovação da terceirização generalizada, fato que atinge em cheio as mulheres, pois possibilitará a retirada de direitos básicos como licença-maternidade, auxílio-creche, férias e tantos outros benefícios elementares”, frisou Cidinha Ferreira, presidenta do Sindicato.   “Não é Reforma. É demolição”                 A afirmação foi do Secretário Geral da CUT/SP, João Cayres, que pontuou cada um dos direitos que os trabalhadores/as irão perder caso a Reforma da Previdência seja aprovada pelo Congresso. Dentre eles, o sindicalista ressaltou que a criação da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres fará com que o tempo de serviço para aposentadoria integral seja de 49 anos.                 Já a vereadora Ana Nice disse que igualar os critérios para aposentadoria (entre homens e mulheres) é desconsiderar todas as conquistas da mulher trabalhadora nos últimos cem anos. “Temos nossas diferenças biológicas. Além disso, enfrentamos duplas e até mesmo triplas jornadas de trabalho, além do preconceito e da discriminação do próprio mercado de trabalho que nos impõe os menores salários. Vale lembrar que o desemprego atinge, principalmente, as mulheres e as negras são ainda mais afetadas”, resumiu.   “Sofremos todos os dias”                 Lucineide Varjão falou do preconceito e da discriminação aos quais as mulheres estão expostas diariamente. “Sofremos todos os dias com piadas machistas, com assédio sexual, com o preconceito no local de trabalho que nos coloca em condições inferiores às dos homens. O feminicídio (assassinato de mulheres) ainda é assustador no Brasil e acontece em todas as regiões e em todas as classes sociais. Os espaços de poder, inclusive nos sindicatos, ainda são dominados, em sua maioria, por homens. As políticas públicas conquistadas na última década, por meio de governos progressistas, estão sendo destruídas tanto em nível federal, quanto local. Em cidades como São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, por exemplo, foram extintos todos os espaços reservados para a implementação de políticas públicas paras as mulheres.  Nossas conquistas históricas estão sendo destruídas por este governo golpista e machista e por governadores e prefeitos que usam o argumento da economia para acabar com os equipamentos públicos que garantem assistência às mulheres mais vulneráveis. Nos resta reagir!”, pontuou a sindicalista.   Confraternização                 O Encontro de Mulheres foi encerrado com uma confraternização e sorteio de brindes para as participantes. “Esperamos que todas/os saiam deste encontro preparadas e fortalecidas para informar as companheiros/os nos locais de trabalho sobre os temas debatidos. Dia 31 será um grande dia de luta e temos a tarefa de nos preparar para fortalecer as mobilizações nas ruas e  nos locais de trabalho”, finalizou a presidenta do Sindicato, Cidinha Ferreira.    



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