Diálogo social: Representantes dos trabalhadores e de empresas debatem questões de gênero e LGBTQI+ no trabalho

A atividade foi realizada pela CNTRV, em parceria com o Solidarity Center, Dieese e Fundação Laudes.

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 03/05/2021 - 11:01 • Última modificação: 03/05/2021 - 11:08 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 03/05/2021 - 11:01 Última modificação: 03/05/2021 - 11:08

Divulgação

O dia 28 de abril de 2021 ficou marcado no ramo vestuário da CUT como o dia em que pela primeira vez na história organizativa do setor, representantes dos trabalhadores e dos empregadores estabeleceram uma agenda de diálogo sobre o combate à desigualdade de gênero  e à discriminação de pessoas LGBTQI+. A iniciativa é parte de um projeto que está sendo desenvolvido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, em parceria com o Solidarity Center, com apoio do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, DIEESE, e da Fundação Laudes. “Para nós, é um momento histórico e acreditamos que seja um passo importante para aprofundar o debate e nossa luta por igualdade de gênero e fim de toda forma de discriminação nos locais de trabalho do ramo vestuário do Brasil”, frisou Cida Trajano, presidenta da CNTRV.

Com ampla participação de sindicalistas das regiões sul, sudeste e nordeste, o evento contou com a presença do presidente da Associação da Indústria Têxtil e de Confecção, Abit,  Fernando Pimentel,  do gestor de projetos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Abicalçados , Cristian Schlindwein, do presidente do TID Brasil, Rafael Marques, do presidente da IndustriALL Brasil, Aroaldo Oliveira, do representante do Solidarity Center, Gustavo Garcia, além de outras representações empresariais como Adient (MG) e Sindicato das Empresas de Calçados de Novo Hamburgo/RS.

O encontro inaugurou um ciclo de diálogo entre as representações trabalhistas e patronais em busca do comprometimento das empresas em estabelecer o tema gênero e LGBTQI+ em suas pautas sociais.  “A Ogranização Internacional do Trabalho (OIT) entende que um dos pilares fundamentais na estratégia de enfrentamento da pandemia é o diálogo social. Da mesma  forma, nós, do Solidartiy Center, comungamos do entendimento de que o diálogo social é a base para qualquer avanço civilizatório no mundo do trabalho”, mencionou Gustavo Garcia, representante do Solidarity Center.

Gustavo Garcia, do Solidarity CenterGustavo Garcia, do Solidarity Center

O  presidente do TID Brasil, Rafael Marques, reforçou a importância do diálogo como instrumento de superação de retrocessos históricos e recuperação da indústria brasileira. “Temos trabalhado num amplo processo de convencimento de setores públicos, empresariais e sindicais de que a retomada da industrialização no Brasil é uma pauta prioritária e de extrema importância para o país e para o seu povo. Sabemos que essa luta não é fácil de vencer, mas se vence no diálogo, como é o princípio dessa iniciativa. O diálogo social é uma ferramenta poderoso na busca por  igualdade de gênero, de raça e respeito à diversidade nos locais de trabalho”, visualizou Marques.

Rafael Marques, do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolviemento, TID-BrasilRafael Marques, do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolviemento, TID-Brasil

Na mesma linha, Aroaldo Oliveira, presidente da IndustriALL  Brasil, reforçou que não é possível discutir reindustrialização no Brasil sem levar em conta a promoção da igualdade e fim de toda forma de discriminação, além da questão ambiental. “Essa iniciativa fica como exemplo para outros setores sindicais e empresariais que o diálogo é o pressuposto para avançar na construção de um país melhor para todos e todas. Se a gente não discutir uma indústria que inclui, não adianta discutir indústria”, frisou o sindicalista.

 

Bancada patronal valoriza iniciativa

 

A bancada patronal apresentou uma série de agendas voltadas para a ampliação da visão empresarial sobre temas sociais. Fernando Pimentel, presidente da Abit, afirmou que considera ser preciso ampliar os espaços de debates e entendimentos sobre a conjuntura industrial do país. “O Brasil já teve uma relevância industrial muito maior e o setor vestuário/têxtil é de extrema importância para geração de empregos de qualidade”, destacou.

Fernando Pimentel, presidente da AbitFernando Pimentel, presidente da Abit

Pimentel realizou uma ampla apresentação sobre a agenda a Abit frente ao desenvolvimento industrial sustentável perpassando pelo contexto do diálogo social e se comprometeu em participar de agendas futuras da CNTRV nas quais a Abit pretende aprofundar o tema sobre questões de gênero de LGBTQI+. “É um debate relevante. Quando falamos de segurança é importante olhar não só para o local de trabalho, mas também para todo o contexto social para que as pessoas possam andar nas ruas com segurança e sem medo de serem agredidas pelo simples fato de terem uma orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria”.

Cristian Schlindwein, representante da Abicalçados, considerou que momentos de trocas entre empresas e trabalhadores são importantes para ambos os lados. Ele falou de uma certificação voltada para a indústria denominada “origem sustentável” que acompanha indicadores econômicos, ambientais e sociais das empresas. “A Abicalçados vê com entusiasmo a abertura de canais como este em que pautas sociais e fundamentais para o avanço da indústria calçadista sejam debatidas com as representações dos trabalhadores. A certificação Origem Sustentável trabalha mapeando os avanços das empresas tanto na parte econômica, quanto na parte social, ambiental e cultural. Esse pilar social é de extrema importância para fazer do processo o mais harmônico e justo possível”, destacou.

Cristian Schlindwein representou a AbicalçadosCristian Schlindwein representou a Abicalçados

Assista a palestra da pesquisadora do Dieese, Laura Benevides AQUI.

Título: Diálogo social: Representantes dos trabalhadores e de empresas debatem questões de gênero e LGBTQI+ no trabalho, Conteúdo: O dia 28 de abril de 2021 ficou marcado no ramo vestuário da CUT como o dia em que pela primeira vez na história organizativa do setor, representantes dos trabalhadores e dos empregadores estabeleceram uma agenda de diálogo sobre o combate à desigualdade de gênero  e à discriminação de pessoas LGBTQI+. A iniciativa é parte de um projeto que está sendo desenvolvido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores/as do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV, em parceria com o Solidarity Center, com apoio do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, DIEESE, e da Fundação Laudes. “Para nós, é um momento histórico e acreditamos que seja um passo importante para aprofundar o debate e nossa luta por igualdade de gênero e fim de toda forma de discriminação nos locais de trabalho do ramo vestuário do Brasil”, frisou Cida Trajano, presidenta da CNTRV. Com ampla participação de sindicalistas das regiões sul, sudeste e nordeste, o evento contou com a presença do presidente da Associação da Indústria Têxtil e de Confecção, Abit,  Fernando Pimentel,  do gestor de projetos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Abicalçados , Cristian Schlindwein, do presidente do TID Brasil, Rafael Marques, do presidente da IndustriALL Brasil, Aroaldo Oliveira, do representante do Solidarity Center, Gustavo Garcia, além de outras representações empresariais como Adient (MG) e Sindicato das Empresas de Calçados de Novo Hamburgo/RS. O encontro inaugurou um ciclo de diálogo entre as representações trabalhistas e patronais em busca do comprometimento das empresas em estabelecer o tema gênero e LGBTQI+ em suas pautas sociais.  “A Ogranização Internacional do Trabalho (OIT) entende que um dos pilares fundamentais na estratégia de enfrentamento da pandemia é o diálogo social. Da mesma  forma, nós, do Solidartiy Center, comungamos do entendimento de que o diálogo social é a base para qualquer avanço civilizatório no mundo do trabalho”, mencionou Gustavo Garcia, representante do Solidarity Center. O  presidente do TID Brasil, Rafael Marques, reforçou a importância do diálogo como instrumento de superação de retrocessos históricos e recuperação da indústria brasileira. “Temos trabalhado num amplo processo de convencimento de setores públicos, empresariais e sindicais de que a retomada da industrialização no Brasil é uma pauta prioritária e de extrema importância para o país e para o seu povo. Sabemos que essa luta não é fácil de vencer, mas se vence no diálogo, como é o princípio dessa iniciativa. O diálogo social é uma ferramenta poderoso na busca por  igualdade de gênero, de raça e respeito à diversidade nos locais de trabalho”, visualizou Marques. Na mesma linha, Aroaldo Oliveira, presidente da IndustriALL  Brasil, reforçou que não é possível discutir reindustrialização no Brasil sem levar em conta a promoção da igualdade e fim de toda forma de discriminação, além da questão ambiental. “Essa iniciativa fica como exemplo para outros setores sindicais e empresariais que o diálogo é o pressuposto para avançar na construção de um país melhor para todos e todas. Se a gente não discutir uma indústria que inclui, não adianta discutir indústria”, frisou o sindicalista.   Bancada patronal valoriza iniciativa   A bancada patronal apresentou uma série de agendas voltadas para a ampliação da visão empresarial sobre temas sociais. Fernando Pimentel, presidente da Abit, afirmou que considera ser preciso ampliar os espaços de debates e entendimentos sobre a conjuntura industrial do país. “O Brasil já teve uma relevância industrial muito maior e o setor vestuário/têxtil é de extrema importância para geração de empregos de qualidade”, destacou. Pimentel realizou uma ampla apresentação sobre a agenda a Abit frente ao desenvolvimento industrial sustentável perpassando pelo contexto do diálogo social e se comprometeu em participar de agendas futuras da CNTRV nas quais a Abit pretende aprofundar o tema sobre questões de gênero de LGBTQI+. “É um debate relevante. Quando falamos de segurança é importante olhar não só para o local de trabalho, mas também para todo o contexto social para que as pessoas possam andar nas ruas com segurança e sem medo de serem agredidas pelo simples fato de terem uma orientação sexual ou identidade de gênero diferente da maioria”. Cristian Schlindwein, representante da Abicalçados, considerou que momentos de trocas entre empresas e trabalhadores são importantes para ambos os lados. Ele falou de uma certificação voltada para a indústria denominada “origem sustentável” que acompanha indicadores econômicos, ambientais e sociais das empresas. “A Abicalçados vê com entusiasmo a abertura de canais como este em que pautas sociais e fundamentais para o avanço da indústria calçadista sejam debatidas com as representações dos trabalhadores. A certificação Origem Sustentável trabalha mapeando os avanços das empresas tanto na parte econômica, quanto na parte social, ambiental e cultural. Esse pilar social é de extrema importância para fazer do processo o mais harmônico e justo possível”, destacou. Assista a palestra da pesquisadora do Dieese, Laura Benevides AQUI.



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