2020 vai ter mais luta por direitos, indica Resolução da Executiva Nacional da CUT

A Resolução repudia os ataques de Bolsonaro contra trabalhadores e define um calendário de luta para os primeiros meses do ano por emprego, em defesa do serviço público, direitos e democracia

Escrito por: CUT • Publicado em: 16/12/2019 - 10:36 • Última modificação: 16/12/2019 - 11:05 Escrito por: CUT Publicado em: 16/12/2019 - 10:36 Última modificação: 16/12/2019 - 11:05

Arte: CUT

Reunida em São Paulo nos dias 11 e 12, a Executiva Nacional da CUT debateu as conjunturas nacional e internacional, fez um balanço das medidas neoliberais de ataques aos direitos dos trabalhadores, em especial as tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro, e divulgou, nesta quinta-feira (12), uma Resolução repudiando as medidas contra a classe trabalhadora e orientações sobre a jornada de luta que será realizada em 2020 para impedir que as propostas sejam aprovadas.

A Jornada Nacional de Lutas por Emprego e Desenvolvimento, Direitos, Democracia e Soberania terá atividades articuladas e unificadas nos locais de trabalho, moradia e comunidades, onde os sindicalistas detalharão o que as medidas que Bolsonaro vem propondo, como o Programa Verde e Amarelo, que prejudicam os trabalhadores e as trabalhadores, e apresentarão as propostas da CUT e demais centrais para gerar emprego e renda.

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, será  também um dia de luta por direitos sociais e trabalhistas. E no dia 18 de março, todas as categorias profissionais vão participar do Dia Nacional de Luta pela Educação, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), que será também um dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia, Agricultura Familiar etc.

Confira a íntegra da Resolução política da Executiva:

São Paulo, 11 e 12 de dezembro de 2019

Em um cenário mundial marcado por um ambiente de crise e instabilidade política, econômica e social, a ofensiva conservadora liderada pelos EUA e o capital financeiro para aprofundar a agenda neoliberal de austeridade e retirada de direitos historicamente conquistados são a expressão de uma estratégia das classes dominantes para intensificar a exploração da classe trabalhadora, a espoliação imperialista dos povos, os ataques às liberdades democráticas e a exploração predatória dos recursos naturais.

Mas essa agenda vem enfrentando resistência das forças populares, democráticas e progressistas. Na região latino-americana e caribenha, as vitórias eleitorais no México e Argentina e as lutas populares no Equador, Chile, Haiti, Colômbia e a luta do povo de Cuba e Venezuela contra o bloqueio econômico, expressam a vitalidade desta resistência, ao passo que o golpe na Bolívia e a vitória conservadora nas eleições uruguaias demonstram que a ofensiva neoliberal e autoritária não refreou.

A CUT manifesta sua solidariedade à greve geral das trabalhadoras e trabalhadores franceses em defesa dos direitos previdenciários e reitera seu compromisso com a convergência das lutas impulsionadas pelas entidades sindicais e populares para alterar a correlação de forças em nossa região e transformar as estruturas de poder econômico, político e cultural em favor dos povos.

No Brasil, com apoio majoritário do empresariado, do sistema judiciário, das forças armadas, das forças policiais, das milícias, dos oligopólios da comunicação e da cúpula de igrejas conservadoras, uma coalizão ultraneoliberal governa o país, buscando desmontar o movimento sindical, reprimir os movimentos populares e institucionalizar um Estado de exceção – vide as declarações em favor de um novo AI-5 –  para aplicar seu programa de ataques aos direitos sociais, à soberania nacional e às liberdades democráticas.

Tentam impor um retrocesso civilizatório, a começar pela violação do direito à integridade e à vida, como demonstra a escalada dos estupros e do feminicídio, da violência e dos assassinatos motivados pela LGBTfobia, dos massacres no campo, das torturas e do permanente genocídio dos povos indígenas e do povo negro – sobretudo sua juventude, desde a política de encarceramento em massa até o recente massacre de Paraisópolis, em São Paulo. O campo, a floresta, a favela, as mulheres, a população LGBT e a juventude negra querem paz! A CUT se opõe às iniciativas que reforcem o Estado penal e a política de segurança pública que criminaliza a pobreza, as periferias, a juventude negra e as lutas sociais.

Mesmo com toda resistência do movimento sindical a antirreforma da previdência foi aprovada no Congresso e significou mais um ataque brutal aos direitos dos trabalhadores. Neste final de 2019, governadores de vários estados buscam a reprodução da reforma

Título: 2020 vai ter mais luta por direitos, indica Resolução da Executiva Nacional da CUT, Conteúdo: Reunida em São Paulo nos dias 11 e 12, a Executiva Nacional da CUT debateu as conjunturas nacional e internacional, fez um balanço das medidas neoliberais de ataques aos direitos dos trabalhadores, em especial as tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro, e divulgou, nesta quinta-feira (12), uma Resolução repudiando as medidas contra a classe trabalhadora e orientações sobre a jornada de luta que será realizada em 2020 para impedir que as propostas sejam aprovadas. A Jornada Nacional de Lutas por Emprego e Desenvolvimento, Direitos, Democracia e Soberania terá atividades articuladas e unificadas nos locais de trabalho, moradia e comunidades, onde os sindicalistas detalharão o que as medidas que Bolsonaro vem propondo, como o Programa Verde e Amarelo, que prejudicam os trabalhadores e as trabalhadores, e apresentarão as propostas da CUT e demais centrais para gerar emprego e renda. O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, será  também um dia de luta por direitos sociais e trabalhistas. E no dia 18 de março, todas as categorias profissionais vão participar do Dia Nacional de Luta pela Educação, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), que será também um dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia, Agricultura Familiar etc. Confira a íntegra da Resolução política da Executiva: São Paulo, 11 e 12 de dezembro de 2019 Em um cenário mundial marcado por um ambiente de crise e instabilidade política, econômica e social, a ofensiva conservadora liderada pelos EUA e o capital financeiro para aprofundar a agenda neoliberal de austeridade e retirada de direitos historicamente conquistados são a expressão de uma estratégia das classes dominantes para intensificar a exploração da classe trabalhadora, a espoliação imperialista dos povos, os ataques às liberdades democráticas e a exploração predatória dos recursos naturais. Mas essa agenda vem enfrentando resistência das forças populares, democráticas e progressistas. Na região latino-americana e caribenha, as vitórias eleitorais no México e Argentina e as lutas populares no Equador, Chile, Haiti, Colômbia e a luta do povo de Cuba e Venezuela contra o bloqueio econômico, expressam a vitalidade desta resistência, ao passo que o golpe na Bolívia e a vitória conservadora nas eleições uruguaias demonstram que a ofensiva neoliberal e autoritária não refreou. A CUT manifesta sua solidariedade à greve geral das trabalhadoras e trabalhadores franceses em defesa dos direitos previdenciários e reitera seu compromisso com a convergência das lutas impulsionadas pelas entidades sindicais e populares para alterar a correlação de forças em nossa região e transformar as estruturas de poder econômico, político e cultural em favor dos povos. No Brasil, com apoio majoritário do empresariado, do sistema judiciário, das forças armadas, das forças policiais, das milícias, dos oligopólios da comunicação e da cúpula de igrejas conservadoras, uma coalizão ultraneoliberal governa o país, buscando desmontar o movimento sindical, reprimir os movimentos populares e institucionalizar um Estado de exceção – vide as declarações em favor de um novo AI-5 –  para aplicar seu programa de ataques aos direitos sociais, à soberania nacional e às liberdades democráticas. Tentam impor um retrocesso civilizatório, a começar pela violação do direito à integridade e à vida, como demonstra a escalada dos estupros e do feminicídio, da violência e dos assassinatos motivados pela LGBTfobia, dos massacres no campo, das torturas e do permanente genocídio dos povos indígenas e do povo negro – sobretudo sua juventude, desde a política de encarceramento em massa até o recente massacre de Paraisópolis, em São Paulo. O campo, a floresta, a favela, as mulheres, a população LGBT e a juventude negra querem paz! A CUT se opõe às iniciativas que reforcem o Estado penal e a política de segurança pública que criminaliza a pobreza, as periferias, a juventude negra e as lutas sociais. Mesmo com toda resistência do movimento sindical a antirreforma da previdência foi aprovada no Congresso e significou mais um ataque brutal aos direitos dos trabalhadores. Neste final de 2019, governadores de vários estados buscam a reprodução da reforma



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