Mulheres em defesa da democracia e dos direitos

01/03/2018 - 00:00

A população brasileira perdeu inúmeros direitos em pouco menos de dois anos do governo ilegítimo de Temer (MDB). A entrega da Petrobrás já reflete no aumento dos preços da gasolina e do gás cozinha, e a pretendida privatização da Eletrobrás deixará a conta de luz mais cara. Ainda, vivemos um momento de desemprego em alta e mudanças de leis importantes, sem consultas ou debates com a população.

Nós mulheres somos as que mais sofremos com esse desmonte em serviços essenciais, afinal, estão acabando com as políticas públicas conquistadas nos governos de Lula e Dilma. O que os golpistas querem é vender o Brasil para os ricos e o capital estrangeiro.

É por isso que precisamos defender a democracia, pois só nela é que garantiremos direitos, a partir da escolha de nossos representantes por meio de eleições diretas, afinal, não queremos reviver os tempos sombrios da ditadura em um país permeado por intervenções militares.

Em ano de eleições, denunciamos a dura perseguição judicial e a condenação, sem provas, do ex-presidente Lula, que foi quem protagonizou a maior inclusão social e econômica, que tirou o Brasil do mapa da fome, promoveu a distribuição de renda com a implementação de políticas públicas que favoreceram o povo pobre que vivia na miséria absoluta, gerando emprego e renda, moradia, cidadania, garantindo, sobretudo, a soberania nacional e o fortalecimento da democracia tão duramente conquistada. Somente a população é quem deve dizer, nas urnas, se quer Lula novamente como presidente.

Por liderar todas as pesquisas e já ter se comprometido a revogar as reformas, Lula é perseguido pelo Judiciário, pela mídia e outros setores da direita, que tentam a todo o momento criminalizá-lo. No entanto, a população está ciente de que se trata de um processo político com o objetivo de impedir a sua candidatura, como mostra pesquisa CUT-Vox Populi, na qual 56% afirmaram que o ex-presidente tem o direito de concorrer.

Essa pesquisa também aponta como o nosso voto é importante para garantir parlamentares que irão atuar na revogação de reformas antipopulares. E, já que somos maioria no país, precisamos aumentar a nossa participação na Câmara dos Deputados, onde mulheres representam apenas 10%. Isso coloca o Brasil no 154º lugar no ranking mundial de mulheres na política, segundo o Inter-Parliamentary Union, organização que compara a reapresentação feminina em 193 países.

Temos, por isso, a missão de incentivar a participação de mulheres na disputa política, e o compromisso de elegê-las. Só com mais mulheres como deputadas e senadoras comprometidas com a nossa luta é que nossas demandas poderão ser defendidas.

Sobre esses e outros assuntos é que, nos próximos meses, as sindicalistas da CUT estarão em caravana pelo estado de São Paulo. E você é nossa convidada!