Sergipe: Sinditêxtil denuncia crise e demissões no setor

16/08/2012 - 19:51

Crise estaria ocasionando grandes demissões no setor

 

Indústrias do setor têxtil instaladas em Sergipe estariam passando por crise e realizando um grande número de cortes em seus quadros de funcionários. A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Sergipe (Sinditêxtil), Giseldo Santos, que se diz preocupado com a situação das centenas de trabalhadores do setor que agora estão desempregados.

O presidente explica que em Sergipe existem 60 empresas do ramo, entre elas 12 de fiação e tecelagem, 8 de calçados e 40 de confecções. “Todas apresentam um quadro de demissões, mas destas, duas apresentam um quadro mais grave. A Sergifil que demitiu vários trabalhadores nos últimos dias e a Santista que antes trabalhava com quatro turnos e hoje está com três turnos, tendo demitido mais de 130 funcionários”, detalha Giseldo Santos.

Sobre os fatores que estariam ocasionando o grande número de demissões, Giseldo relata que as empresas alegam crise no setor, por conta da intensa entrada de produtos asiáticos no Brasil. Na visão dele, o governo tem aumentado os incentivos no setor, mas erra quando não cobra uma contrapartida das indústrias. “Nós entendemos a real situação do mercado têxtil brasileiro, porém estas empresas dispõe de infraestrutura e incentivos fiscais de 12 a 15 anos, mas o que fazem é demitir os funcionários diante da primeira dificuldade que encontram. As empresas fecham, vão embora e a população perde emprego e a arrecadação de impostos”, destaca.


Empresas

O representante da diretoria da Sergifil em Sergipe, Kanji Kato, conversou com o Portal Infonet e explicou as razões das demissões. “O problema maior é o mercado têxtil brasileiro que vem sofrendo uma grande crise com a invasão dos produtos asiáticos. Os efeitos estão sendo sentidos não só aqui em Sergipe, mas em todo o país. Por este motivo, tivemos que fazer uma adequação à atual situação do mercado e demitir alguns funcionários para minimizar os prejuízos para que possamos perder o mínimo possível”, esclareceu o representante enfatizando que a empresa aguardará o prazo de 180 dias até que o governo tome uma atitude.

Também entramos em contato com a Santista Têxtil, mas a empresa estava fechada por conta do feriado em Nossa Senhora do Socorro (local em que está localizada) e a representante do setor de recursos humanos alegou preferir entrar em contato com a comunicação da empresa para depois prestar esclarecimentos.

Sedetec

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec) informou à equipe do Portal Infonet que o representante do Sinditêxtil procurou o secretário Saumíneo Nascimento com o objetivo de agendar uma reunião para tratar do assunto. Ainda de acordo com a assessoria, o secretário se propôs a receber o sindicato nesta quinta-feira, 16, mas em virtude de compromissos, o Sinditêxtil remarcou a reunião para a próxima segunda-feira, 20.

Fonte: Infonet Economia